1º - "A" - assunto...
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ETA
BREVE DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO
Pré cloração:
Adição de cloro assim que a água chega à estação para facilitar a retirada de matéria orgânica e metais;
Pré-alcalinização:
Adição de cal ou soda à água para ajustar o ph aos valores exigidos para as fases seguintes do tratamento.
Coagulação:
Adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando sua agregação.
Floculação:
Mistura lenta da água para provocar a formação de flocos com as partículas
Decantação:
Passagem da água por grandes tanques para decantar os flocos de sujeira formados na floculação
Filtração:
Passagem da água por tanques que contêm leito de pedras, areia e carvão antracito para reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Pós-alcalinização:
Correção final do ph da água para evitar problemas de corrosão ou incrustação das tubulações
Desinfecção:
Adição de cloro à água antes de sua saída da Estação de Tratamento para manter um teor residual, até a chegada na casa do consumidor, e garantir que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus.
Fluoretação:
Adição de flúor à água para a prevenção de cáries
Você sabia que ...
A desinfecção da água com cloro é uma das técnicas mais antigas de tratamento. Desde que passou a ser utilizada houve queda no índice de mortalidade infantil e redução das doenças provocadas pela água contaminada.
Atualmente, existem técnicas de tratamento mais avançadas com a utilização de carvão ativado ou ozônio.
FUNÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO
DE TRATAMENTO
SULFATO DE ALUMÍNIO:
Substância que agrega as partículas de sujeira que estão na água.
CAL:
Produto que corrige o pH da água.
CLORO::
Substância que mata as bactérias e microorganismos presentes na água.
FLÚOR::
Substância que auxilia na redução das cáries dentárias.
ESQUEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
BREVE DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO
GRADE GROSSEIRA:
Retenção dos materiais de grandes dimensões, como latas, madeiras, papelão, etc.
ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO:
Recalque dos esgotos para o canal das grades médias.
GRADE MÉDIA:
Remoção de materiais, como trapos, estopas, papéis, etc.
CAIXA DE AREIA:
Remoção da areia contida no esgoto, que, depois de sedimentada, vai para o classificador de areia.
DECANTADOR PRIMÁRIO:
Remoção do resíduo sedimentável dos esgotos, gorduras e óleos flutuantes. Estes materiais, após serem recolhidos por pontes raspadoras, são bombeados para os digestores.
TANQUE DE AERAÇÃO:
O efluente do decantador primário passa para o tanque de aeração. Combinando-se a agitação do esgoto com a injeção de ar, desenvolve-se, no tanque de aeração, uma massa líquida de microorganismos denominada "lodos ativados". Estes microorganismos alimentam-se de matéria orgânica, contidos no efluente do decantador primário, e se proliferam na presença do oxigênio.
DECANTADOR SECUNDÁRIO:
Remoção dos sólidos (flocos de lodo ativado), que, ao sedimentarem no fundo do tanque são raspados para um poço central, retornando para o tanque de aeração. A parte líquida vertente do decantador é destinada ao Rio.
ELEVATÓRIA DE RETORNO DE LODO:
O lodo ativado, recolhido no decantador secundário por pontes removedoras de lodo, é encaminhado a bombas, retornando aos tanques de aeração e o excesso do lodo ao decantador primário .
ELEVATÓRIA DE LODO PRIMÁRIO:
Recalque do lodo gradeado para o interior dos adensadores de gravidade e digestores.
RETIRADA DO SOBRENADANTE:
Os adensadores e digestores são equipados com válvulas para a retirada do sobrenadante (líquido que se separa do lodo digerido), que retorna ao início do processo.
ADENSADORES DE GRAVIDADE:
Equipado com um removedor mecanizado de lodo e escuma, de tração central. O efluente é coletado em um canal periférico e enviado para um sistema de coleta de efluentes da fase sólida.
DIGESTORES:
O lodo removido durante o processo de tratamento é enviado aos digestores. São grandes tanques de concreto hermeticamente fechados, onde, através do processo de fermentação, na ausência de oxigênio (processo anaeróbico), se processará a transformação de lodo em matéria altamente mineralizada, com carga orgânica reduzida e diminuição de bactérias patogínicas.
SECADOR TÉRMICO:
Retira a água do lodo proveniente dos digestores, elevando seu teor de sólidos até o mínimo de 33%, seguindo para os silos e com destino para agricultura ou aterro sanitário.
Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento em saúde
Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses.
Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado do lixo diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmanioses, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
Drenagem contribui para a eliminação, redução ou modificação dos criadouros de vetores transmissores da malária e de seus índices de prevalência e incidência.
Esgotamento sanitário contribui para reduzir ou eliminar doenças e agravos como a esquistossomose, outras verminoses, diarréias, cólera, febre tifóide, cisticercoce, teníase e hepatites.
Melhorias sanitárias domiciliares estão relacionadas com a redução de: esquistossomose, outras verminoses, escabiose, tracoma e conjuntivites, cólera, diarréias, febre tifóide e hepatites.
Melhoria habitacional permite habitação sem frestas e com condições físicas que impeçam a colonização dos vetores da doença de Chagas.
Fossas sépticas
Nos locais não servidos por rede coletora pública de esgotos, os esgotos das residências e demais edificações aí existentes, deverão ser lançados em um sistema de fossa séptica e unidades de disposição final de efluentes líquidos no solo, dimensionados e operados conforme normas NBR 7229 e NBR 13969.
Fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo.
Como os demais sistemas de tratamento, deverá dar condições aos seus efluentes de:
- Impedir perigo de poluição de mananciais destinados ao abastecimento domiciliário;
- Impedir alteração das condições de vida aquática nas águas receptaras;
- Não prejudicar as condições de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte; e
- Impedir perigo de poluição de águas subterrâneas, de águas localizadas (lagos ou lagoas), de cursos d'água que atravessem núcleos de população, ou de águas utilizadas na dessedentação de rebanhos e na horticultura, além dos limites permissíveis, a critério do órgão local responsável pela Saúde Pública.
Fossas sépticas são câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos e/ou indústrias, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os bioquimicamente,em substâncias e compostos mais simples e estáveis.
De acordo com a definição, o funcionamento das fossas sépticas pode ser explicado nas seguintes fases do desenvolvimento do processo:
- Retenção do esgoto: O esgoto é detido na fossa por um período racionalmente estabelecido, que pode variar de 24 a 12 horas, dependendo das contribuições afluentes.
- Decantação do esgoto: simultaneamente à fase anterior, processa-se uma sedimentação de 60 a 70%dos sólidos suspensos contidos nos esgotos, formando-se uma substância semiíquida denominada de lodo. Parte dos sólidos não sedimentados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases, emerge e é etida na superfície livre do líquido, no interior da fossa séptica, os quais são comumente denominados de escuma
- Digestão anaeróbia do lodo: Ambos, lodo e escuma, são atacados por bactérias anaeróbias, provocando destruição total ou parcial de material volátil e organismos patogênicos.
- Redução de volume do lodo: Do fenômeno anterior, digestão anaeróbia, resultam gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o efluente líquido das fossas sépticas possa ser disposto em melhores condições de segurança.
A fossa séptica é projetada de modo a receber todos os despejos domésticos (de cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimentos interiores,etc.),ou qualquer outro despejo, cujas características se assemelham às do esgoto doméstico. Em alguns locais é obrigatória a intercalação de um dispositivo de retenção de gordura (caixa de gordura) na canalização que conduz os despejos das cozinhas para a fossa séptica.
São também vetados os lançamentos diretos de qualquer despejo que possam, por qualquer motivo, causar condições adversas ao bom funcionamento das fossas sépticas ou que apresentem um elevado índice de contaminação por microorganismos patogênicos.
De bem com a fossa séptica
• Faça um diagrama preciso que mostre a localização do tanque e de seus tubos de acesso para saber exatamente onde se encontra a fossa no terreno.
• Evite plantas de raiz muito profunda em áreas próximas, assim como outras atividades que possam ser prejudiciais ao sistema.
• Mantenha um registro de limpezas, inspeções e outras manutenções, sempre incluindo nome, endereço e telefone dos técnicos que efetuaram os serviços.
• Faça com que a área sobre a fossa permaneça limpa, quando muito apenas com uma cobertura de grama ou relva. Raízes de árvores ou arbustos podem entupir e danificar as linhas de dreno.
• Evite que automóveis estacionem sobre a área e não deixe que equipamentos pesados sejam colocados no local.
• Não planeja nenhuma construção como piscinas e calçadas perto da fossa.
• Não verta demasiada água sobre o sistema, nem permita que a chuva consiga adentrá-lo. Quando inundada com mais água do que pode absorver, a fossa reduz sua capacidade de escoar resíduos e esgoto, aumentando o risco de os efluentes se agruparem na superfície do solo.
• Não escoe para a fossa materiais que não são biodegradáveis, tais como plásticos, fraldas e absorventes, papel higiênico e guardanapos, já que esses detritos podem encher o tanque e entupir o sistema.
• Não descarte óleos de cozinha e outras gorduras no ralo da pia, já que tais alimentos se solidificam e entopem o campo de absorção da terra.
• Não permita que tintas, óleos de motor de automóvel, pesticidas, fertilizantes e desinfetantes entrem no sistema séptico. Essas substâncias podem atravessá-lo diretamente, contaminando os terrenos em volta da fossa e matando os microrganismos que decompõem os resíduos.
• Use água fervente para desentupir ralos, em substituição a quaisquer produtos cáusticos. Além disso, faça a limpeza do banheiro e da cozinha com um detergente moderado.
LODO É OPÇÃO BARATA DE FERTILIZANTE
Resíduo tratado é rico em fósforo e nitrogênio e substitui, parcial ou totalmente, a aplicação de adubo mineral
Fonte: O Estado de São Paulo
Fernanda Yoneya
O uso de lodo de esgoto tratado na agricultura pode ser uma opção econômica para produtores. Aplicado como fertilizante, o resíduo orgânico "reciclado" é comprovadamente rico em nutrientes - como nitrogênio e potássio - essenciais para o bom desenvolvimento da lavoura.
Segundo informações da Embrapa Cerrados, pode-se aproveitar, por ano, nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades equivalentes a 1790 toneladas de uréia, 2778 toneladas de superfosfato triplo e 102 toneladas de cloreto de potássio, respectivamente.
SEGURANÇA
Antes de ser usado na agricultura, o lodo passa por processos de sanitização que diminuem a quantidade de patógenos e tornam o material seguro. "Com o tratamento adequado pelas companhias de saneamento, a quantidade de agentes contaminantes, como coliformes fecais e ovos de helmintos, é desprezível, o que torna a aplicação segura do ponto de vista sanitário. A presença de metais pesados também é insignificante", garante o pesquisador Jorge Lemainski, da Embrapa Cerrados.
Lemainski destaca que é necessário usar equipamentos de proteção individual (EPIs) para prevenir os aplicadores contra contaminações via oral. "Quanto menor o contato, mais segura a operação." Lodo de boa qualidade para a agricultura, observa, é o lodo que se enquadra na legislação do Conama. Deve ser sanitizado e não pode ter mau cheiro.
TESTES
O pesquisador relata os resultados positivos obtidos em experimentos que usaram lodo em lavouras de grãos. "No milho, com a substituição total de adubo mineral, a produtividade, muito boa, foi de 110 sacas/hectare. Para a soja, o índice ficou em 56 sacas/hectare, também com substituição de fertilizante mineral."
Na dose de 30 toneladas/hectare de lodo, há viabilidade econômica para dois cultivos de soja, com retorno de R$ 0,15 para cada R$ 1 investido no lodo como fertilizante. Na cultura do milho o retorno chega a R$ 0,90, diz Lemainski, que dá a dica de manejo: "Faz-se a rotação do milho com a soja. O lodo é aplicado primeiro na lavoura de milho e, no segundo ano, o produtor entra com a soja, que aproveitará o efeito residual."
ECONOMIA
O produtor Arlindo Batagin Júnior, da Fazenda São Fernando, que cultiva cana-de-açúcar no município paulista de Capivari, entre Piracicaba e Campinas, conta que tem gostado dos resultados conseguidos com o uso do lodo como adubo. Ele está "experimentando" a alternativa há dois anos em 50 dos 140 hectares de sua propriedade. "Achei interessante por ser uma opção orgânica."
Na fazenda, o produtor aplica 15 toneladas/hectare de lodo - que vem de Jundiaí - e diz que o principal benefício foi em relação à "longevidade" do canavial adubado com o resíduo reciclado. "Onde apliquei, o número de cortes aumentou de cinco para sete. A capacidade de rebrota melhorou significativamente."
Além disso, Batagin Júnior calcula que os custos com fertilizantes caíram pela metade. Dos gastos totais, diz economizar 20%. "Deixei de aplicar fósforo e nitrogênio e só aplico potássio, que, no lodo, tem em menor quantidade", justifica. Ele destaca, porém, que o agricultor precisa ter uma esparramadeira e uma carregadeira na propriedade para fazer a aplicação.
O produtor interessado em utilizar o lodo na propriedade deve, por lei, apresentar um projeto agronômico assinado por engenheiro agrônomo ou florestal à companhia de saneamento de sua região, que também segue determinações legais para tratar o lodo corretamente e torná-lo adequado para a lavoura.
Pré cloração:
Adição de cloro assim que a água chega à estação para facilitar a retirada de matéria orgânica e metais;
Pré-alcalinização:
Adição de cal ou soda à água para ajustar o ph aos valores exigidos para as fases seguintes do tratamento.
Coagulação:
Adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando sua agregação.
Floculação:
Mistura lenta da água para provocar a formação de flocos com as partículas
Decantação:
Passagem da água por grandes tanques para decantar os flocos de sujeira formados na floculação
Filtração:
Passagem da água por tanques que contêm leito de pedras, areia e carvão antracito para reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Pós-alcalinização:
Correção final do ph da água para evitar problemas de corrosão ou incrustação das tubulações
Desinfecção:
Adição de cloro à água antes de sua saída da Estação de Tratamento para manter um teor residual, até a chegada na casa do consumidor, e garantir que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus.
Fluoretação:
Adição de flúor à água para a prevenção de cáries
Você sabia que ...
A desinfecção da água com cloro é uma das técnicas mais antigas de tratamento. Desde que passou a ser utilizada houve queda no índice de mortalidade infantil e redução das doenças provocadas pela água contaminada.
Atualmente, existem técnicas de tratamento mais avançadas com a utilização de carvão ativado ou ozônio.
FUNÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO
DE TRATAMENTO
SULFATO DE ALUMÍNIO:
Substância que agrega as partículas de sujeira que estão na água.
CAL:
Produto que corrige o pH da água.
CLORO::
Substância que mata as bactérias e microorganismos presentes na água.
FLÚOR::
Substância que auxilia na redução das cáries dentárias.
ESQUEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
BREVE DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO
GRADE GROSSEIRA:
Retenção dos materiais de grandes dimensões, como latas, madeiras, papelão, etc.
ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO:
Recalque dos esgotos para o canal das grades médias.
GRADE MÉDIA:
Remoção de materiais, como trapos, estopas, papéis, etc.
CAIXA DE AREIA:
Remoção da areia contida no esgoto, que, depois de sedimentada, vai para o classificador de areia.
DECANTADOR PRIMÁRIO:
Remoção do resíduo sedimentável dos esgotos, gorduras e óleos flutuantes. Estes materiais, após serem recolhidos por pontes raspadoras, são bombeados para os digestores.
TANQUE DE AERAÇÃO:
O efluente do decantador primário passa para o tanque de aeração. Combinando-se a agitação do esgoto com a injeção de ar, desenvolve-se, no tanque de aeração, uma massa líquida de microorganismos denominada "lodos ativados". Estes microorganismos alimentam-se de matéria orgânica, contidos no efluente do decantador primário, e se proliferam na presença do oxigênio.
DECANTADOR SECUNDÁRIO:
Remoção dos sólidos (flocos de lodo ativado), que, ao sedimentarem no fundo do tanque são raspados para um poço central, retornando para o tanque de aeração. A parte líquida vertente do decantador é destinada ao Rio.
ELEVATÓRIA DE RETORNO DE LODO:
O lodo ativado, recolhido no decantador secundário por pontes removedoras de lodo, é encaminhado a bombas, retornando aos tanques de aeração e o excesso do lodo ao decantador primário .
ELEVATÓRIA DE LODO PRIMÁRIO:
Recalque do lodo gradeado para o interior dos adensadores de gravidade e digestores.
RETIRADA DO SOBRENADANTE:
Os adensadores e digestores são equipados com válvulas para a retirada do sobrenadante (líquido que se separa do lodo digerido), que retorna ao início do processo.
ADENSADORES DE GRAVIDADE:
Equipado com um removedor mecanizado de lodo e escuma, de tração central. O efluente é coletado em um canal periférico e enviado para um sistema de coleta de efluentes da fase sólida.
DIGESTORES:
O lodo removido durante o processo de tratamento é enviado aos digestores. São grandes tanques de concreto hermeticamente fechados, onde, através do processo de fermentação, na ausência de oxigênio (processo anaeróbico), se processará a transformação de lodo em matéria altamente mineralizada, com carga orgânica reduzida e diminuição de bactérias patogínicas.
SECADOR TÉRMICO:
Retira a água do lodo proveniente dos digestores, elevando seu teor de sólidos até o mínimo de 33%, seguindo para os silos e com destino para agricultura ou aterro sanitário.
Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento em saúde
Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses.
Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado do lixo diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmanioses, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
Drenagem contribui para a eliminação, redução ou modificação dos criadouros de vetores transmissores da malária e de seus índices de prevalência e incidência.
Esgotamento sanitário contribui para reduzir ou eliminar doenças e agravos como a esquistossomose, outras verminoses, diarréias, cólera, febre tifóide, cisticercoce, teníase e hepatites.
Melhorias sanitárias domiciliares estão relacionadas com a redução de: esquistossomose, outras verminoses, escabiose, tracoma e conjuntivites, cólera, diarréias, febre tifóide e hepatites.
Melhoria habitacional permite habitação sem frestas e com condições físicas que impeçam a colonização dos vetores da doença de Chagas.
Fossas sépticas
Nos locais não servidos por rede coletora pública de esgotos, os esgotos das residências e demais edificações aí existentes, deverão ser lançados em um sistema de fossa séptica e unidades de disposição final de efluentes líquidos no solo, dimensionados e operados conforme normas NBR 7229 e NBR 13969.
Fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo.
Como os demais sistemas de tratamento, deverá dar condições aos seus efluentes de:
- Impedir perigo de poluição de mananciais destinados ao abastecimento domiciliário;
- Impedir alteração das condições de vida aquática nas águas receptaras;
- Não prejudicar as condições de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte; e
- Impedir perigo de poluição de águas subterrâneas, de águas localizadas (lagos ou lagoas), de cursos d'água que atravessem núcleos de população, ou de águas utilizadas na dessedentação de rebanhos e na horticultura, além dos limites permissíveis, a critério do órgão local responsável pela Saúde Pública.
Fossas sépticas são câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos e/ou indústrias, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os bioquimicamente,em substâncias e compostos mais simples e estáveis.
De acordo com a definição, o funcionamento das fossas sépticas pode ser explicado nas seguintes fases do desenvolvimento do processo:
- Retenção do esgoto: O esgoto é detido na fossa por um período racionalmente estabelecido, que pode variar de 24 a 12 horas, dependendo das contribuições afluentes.
- Decantação do esgoto: simultaneamente à fase anterior, processa-se uma sedimentação de 60 a 70%dos sólidos suspensos contidos nos esgotos, formando-se uma substância semiíquida denominada de lodo. Parte dos sólidos não sedimentados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases, emerge e é etida na superfície livre do líquido, no interior da fossa séptica, os quais são comumente denominados de escuma
- Digestão anaeróbia do lodo: Ambos, lodo e escuma, são atacados por bactérias anaeróbias, provocando destruição total ou parcial de material volátil e organismos patogênicos.
- Redução de volume do lodo: Do fenômeno anterior, digestão anaeróbia, resultam gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o efluente líquido das fossas sépticas possa ser disposto em melhores condições de segurança.
A fossa séptica é projetada de modo a receber todos os despejos domésticos (de cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimentos interiores,etc.),ou qualquer outro despejo, cujas características se assemelham às do esgoto doméstico. Em alguns locais é obrigatória a intercalação de um dispositivo de retenção de gordura (caixa de gordura) na canalização que conduz os despejos das cozinhas para a fossa séptica.
São também vetados os lançamentos diretos de qualquer despejo que possam, por qualquer motivo, causar condições adversas ao bom funcionamento das fossas sépticas ou que apresentem um elevado índice de contaminação por microorganismos patogênicos.
De bem com a fossa séptica
• Faça um diagrama preciso que mostre a localização do tanque e de seus tubos de acesso para saber exatamente onde se encontra a fossa no terreno.
• Evite plantas de raiz muito profunda em áreas próximas, assim como outras atividades que possam ser prejudiciais ao sistema.
• Mantenha um registro de limpezas, inspeções e outras manutenções, sempre incluindo nome, endereço e telefone dos técnicos que efetuaram os serviços.
• Faça com que a área sobre a fossa permaneça limpa, quando muito apenas com uma cobertura de grama ou relva. Raízes de árvores ou arbustos podem entupir e danificar as linhas de dreno.
• Evite que automóveis estacionem sobre a área e não deixe que equipamentos pesados sejam colocados no local.
• Não planeja nenhuma construção como piscinas e calçadas perto da fossa.
• Não verta demasiada água sobre o sistema, nem permita que a chuva consiga adentrá-lo. Quando inundada com mais água do que pode absorver, a fossa reduz sua capacidade de escoar resíduos e esgoto, aumentando o risco de os efluentes se agruparem na superfície do solo.
• Não escoe para a fossa materiais que não são biodegradáveis, tais como plásticos, fraldas e absorventes, papel higiênico e guardanapos, já que esses detritos podem encher o tanque e entupir o sistema.
• Não descarte óleos de cozinha e outras gorduras no ralo da pia, já que tais alimentos se solidificam e entopem o campo de absorção da terra.
• Não permita que tintas, óleos de motor de automóvel, pesticidas, fertilizantes e desinfetantes entrem no sistema séptico. Essas substâncias podem atravessá-lo diretamente, contaminando os terrenos em volta da fossa e matando os microrganismos que decompõem os resíduos.
• Use água fervente para desentupir ralos, em substituição a quaisquer produtos cáusticos. Além disso, faça a limpeza do banheiro e da cozinha com um detergente moderado.
LODO É OPÇÃO BARATA DE FERTILIZANTE
Resíduo tratado é rico em fósforo e nitrogênio e substitui, parcial ou totalmente, a aplicação de adubo mineral
Fonte: O Estado de São Paulo
Fernanda Yoneya
O uso de lodo de esgoto tratado na agricultura pode ser uma opção econômica para produtores. Aplicado como fertilizante, o resíduo orgânico "reciclado" é comprovadamente rico em nutrientes - como nitrogênio e potássio - essenciais para o bom desenvolvimento da lavoura.
Segundo informações da Embrapa Cerrados, pode-se aproveitar, por ano, nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades equivalentes a 1790 toneladas de uréia, 2778 toneladas de superfosfato triplo e 102 toneladas de cloreto de potássio, respectivamente.
SEGURANÇA
Antes de ser usado na agricultura, o lodo passa por processos de sanitização que diminuem a quantidade de patógenos e tornam o material seguro. "Com o tratamento adequado pelas companhias de saneamento, a quantidade de agentes contaminantes, como coliformes fecais e ovos de helmintos, é desprezível, o que torna a aplicação segura do ponto de vista sanitário. A presença de metais pesados também é insignificante", garante o pesquisador Jorge Lemainski, da Embrapa Cerrados.
Lemainski destaca que é necessário usar equipamentos de proteção individual (EPIs) para prevenir os aplicadores contra contaminações via oral. "Quanto menor o contato, mais segura a operação." Lodo de boa qualidade para a agricultura, observa, é o lodo que se enquadra na legislação do Conama. Deve ser sanitizado e não pode ter mau cheiro.
TESTES
O pesquisador relata os resultados positivos obtidos em experimentos que usaram lodo em lavouras de grãos. "No milho, com a substituição total de adubo mineral, a produtividade, muito boa, foi de 110 sacas/hectare. Para a soja, o índice ficou em 56 sacas/hectare, também com substituição de fertilizante mineral."
Na dose de 30 toneladas/hectare de lodo, há viabilidade econômica para dois cultivos de soja, com retorno de R$ 0,15 para cada R$ 1 investido no lodo como fertilizante. Na cultura do milho o retorno chega a R$ 0,90, diz Lemainski, que dá a dica de manejo: "Faz-se a rotação do milho com a soja. O lodo é aplicado primeiro na lavoura de milho e, no segundo ano, o produtor entra com a soja, que aproveitará o efeito residual."
ECONOMIA
O produtor Arlindo Batagin Júnior, da Fazenda São Fernando, que cultiva cana-de-açúcar no município paulista de Capivari, entre Piracicaba e Campinas, conta que tem gostado dos resultados conseguidos com o uso do lodo como adubo. Ele está "experimentando" a alternativa há dois anos em 50 dos 140 hectares de sua propriedade. "Achei interessante por ser uma opção orgânica."
Na fazenda, o produtor aplica 15 toneladas/hectare de lodo - que vem de Jundiaí - e diz que o principal benefício foi em relação à "longevidade" do canavial adubado com o resíduo reciclado. "Onde apliquei, o número de cortes aumentou de cinco para sete. A capacidade de rebrota melhorou significativamente."
Além disso, Batagin Júnior calcula que os custos com fertilizantes caíram pela metade. Dos gastos totais, diz economizar 20%. "Deixei de aplicar fósforo e nitrogênio e só aplico potássio, que, no lodo, tem em menor quantidade", justifica. Ele destaca, porém, que o agricultor precisa ter uma esparramadeira e uma carregadeira na propriedade para fazer a aplicação.
O produtor interessado em utilizar o lodo na propriedade deve, por lei, apresentar um projeto agronômico assinado por engenheiro agrônomo ou florestal à companhia de saneamento de sua região, que também segue determinações legais para tratar o lodo corretamente e torná-lo adequado para a lavoura.
andersondf1- Mensagens : 1
Data de inscrição : 03/04/2008
ETA
Estação de Tratamento Convencional
Estação de Tratamento de Água que apresenta todos os processos de tratamento: coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e correção pH.
Ao tratarmos a água, devemos ter como base fundamental, o conhecimento das impurezas e as características ou especificações para o fim ou fins a que destina. As impurezas são determinadas pelas análises físicas, químicas, bacteriológicas e as especificações das exigências, em função de suas finalidades. O nosso tratamento consiste em adequar a água aos padrões de potabilidade, que são definidos pela portaria N.º 518 GM do Ministério da Saúde, de 25 de Março de 2004.
Etapas do Tratamento
1. Coagulação
2. Desinfecção (cloração)
2.1 Pré-cloração
2.2 Inter-cloração
2.3 Pós-cloração
3. Floculação
4. Decantação
5. Filtração
6. Fluoretação
7. Correção pH
1 - Coagulação
A coagulação consiste na adição de um coagulante (na câmara de mistura rápida), que ao reagir com alcalinidade existente na água bruta, hidroliza-se provocando desestabilização e agregação coloidal, proporcionando a formação de flocos.
2 - Desinfecção (cloração)
A desinfecção é a destruição ou inativação de organismo patogênicos capazes de provocar doenças ou outros organismos indesejáveis. A desinfecção da água na ETA é feita com cloro e por isso o termo desinfecção é comumente substituído por cloração.
2.1 - Pré-cloração
A pré-cloração tem por objetivo principal auxiliar na eficiência da coagulação, realizar o controle de algas e microorganismo e reduzir a produção de certos gostos e odores.
2.2 - Inter-cloração
A inter-cloração é a aplicação de cloro na chegada de água nos filtros, visa manter o residual de cloro mínimo para proteção do leito filtrante.
2.3 - Pós-cloração
A pós-cloração é a adição de cloro na água filtrada para correção do residual a fim de manter a quantidade mínima de cloro na água distribuída à população, o que elimina a possibilidade da existência de microorganismos patogênicos.
3 - Floculação
Aglomeração de partículas (colóides coagulados) por efeito de transporte de fluido, formando partículas de tamanho e peso suficientes para sedimentar por gravidade.
4 - Decantação
Processo de separação de partículas sólidas da água, pela ação da gravidade, quando se anula ou diminui a velocidade de escoramento do líquido, propiciando a sedimentação dessas partículas.
5 - Filtração
A filtração consiste na passagem da água decantada através de corpos porosos, capazes de reter em seu interior toda matéria insolúvel existente na respectiva água. Como meio poroso empregamos areia com granulamentria uniforme, sustentada por camadas de seixos sobre fundo falso ou sistema de drenos.
6 - Fluoretação
O flúor é o único elemento presente na natureza que atua efetivamente no combate à cárie dentária, sendo a fluoretação das águas de abastecimento público, o procedimento mais adequado para a administração deste elemento (produto).
7 - Correção de pH
A correção do pH é efetuada através da adição de produtos químicos à base de carbonatos, para que a água não se torne excessivamente ácida porque irá agredir as tubulações e equipamentos, nem seja excessivamente
Estação de Tratamento com Filtração Direta
Estação de tratamento de água que reúne em um só processo a potabilização da água.
Tipos de Filtração Direta
• Filtração Direta Ascendente
• Filtração Direta Descendente
• Filtração Direta Ascendente ou Descendente antecedida de Aeração
• Filtração Direta com dupla Filtração
• Filtração Direta com Osmose Reversa
Filtração Direta Ascendente
São utilizados para tratamento de águas com turbidez baixa e pouca substância dissolvida, a floculação é realizada no próprio leito filtrante. São consideradas unidades completas de clarificação, não necessitando de unidades anteriores ou posteriores de tratamento. A filtração ocorre no sentido ascendente sendo efetuada no sentido do leito filtrante. Podem ser construídas em concreto armado, fibra de vidro ou aço carbono.
Filtração Direta Descendente
Tecnologia de tratamento, onde se pode ter as etapas de mistura rápida, floculação e filtração, sendo que esta última ocorre no sentido descendente.
Filtração Direta Ascendente ou Descendente Antecedida de Aeração
Antes da filtração, a água bruta passa por um Aerador, dispositivo que promove a introdução do oxigênio atmosférico na água, com a finalidade de remover ferro, manganês ou gases.
Filtração Direta com Dupla Filtração
Consiste na associação de filtros ascendentes, que recebem a água coagulada, seguidos por filtros de fluxo descendentes que têm por finalidade reter as impurezas remanescentes dos primeiros filtros.
Filtração Direta com Osmose Reversa
Utilizado para águas com elevado teores de cloretos. Após a filtração direta, a água é submetida a Osmose Reversa( dessalinização ), que é um processo de separação por meio de membrana, para redução da concentração de cloretos ao nível determinado pela portaria 518/04 do Ministério da Saúde.
Estação de Tratamento com Filtração Lenta
Estação de tratamento de água, apresenta apenas as etapas de filtração e desinfecção.
Os filtros lentos realizam várias ações, ação física de coar, sedimentação, aderência, e atividades biológicas, sendo esta a mais importante
Estação de Tratamento Modular
Estação composta de variados processos, como aeração, floculação, decantação etc.
Estação composta de variados processos (aeração, floculação, decantação etc), com proporções geométricas definidas, variando suas dimensões de acordo com a capacidade nominal, podendo ser ampliada sem contar com dispositivos independentes, e sem prejudicar a operação normal do sistema
Simples Desinfecção
Sistemas que recebem como tratamento, apenas a desinfecção.
Normalmente é utilizado em sistemas com mananciais subterrâneas de características físico-química dentro dos padrões exigidos pelo Ministério
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